Quem costuma acompanhar meu blog já deve ter percebido que eu muito raramente posto aqui fotos de pessoas. Sim, eu não sou muito adepta de retratos. Não que eu não goste, eu gosto, e honestamente, admiro quem domina essa arte. O meu problema é outro, eu sou uma pessoa basicamente tímida, e a ideía de invadir a intimidade alheia sem o concentimento da pessoa não me agrada. Fotos de moda, por exemplo, eu adoro e não tenho problema nenhum em fazer, porque sei que a/o fotografada/o tem plena consciência do que está acontecendo, e mais, deseja isso, se sente à vontade com isso. Um retrato encomendando, como para um perfil ou reportagem, ok também. Mas a idéia de, através de minhas lentes, retratar alguém sem que a pessoa tenha conhecimento do que está acontecendo me deixa nervosa. Sei que grande parte dos retratos mais icônicos que conhecemos foram feitos assim, num estilo meio paparazzi, um flagrante roubado e na hora certo da vida de certo alguém, como a foto clássica de Robert Doisneau, "Le Baiser de L'Hôtel de Ville". Há retratos posados também, e nesse caso, quando a foto não foi encomendada pela pessoa a ser retratada, há um acordo (verbal ou não) de que o retratado não se importa em ter sua imagem imortalizada por alguém que ele provavelmente não conhece, e que será divulgada em meios que às vezes ele não irá sequer tomar conhecimento. Um exemplo desses casos são as fotos estilo capa da National Geographic.
Por isso que raramente eu faço retratos. Mas eu tenho alguns, que vou mostrar agora, uns inéditos, outros podem já ter sido vistos no meu site. Pra mim, e admito minha fraqueza, retratos ainda são um tema difícil de (re)tratar. Gostaria de saber a opinião de vocês sobre isso, e quem sabe, umas dicas sobre como tornar esse tema mais fácil para mim!
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